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Acabou a espera: Cavernas do Vale do Ribeira, em SP, terão turismo sustentável

Caverna no PETAR - Foto: Adilson MoralezDepois de 2 anos de estudos, levantamentos e pesquisas, as 31 cavernas do Vale do Ribeira, em SP, vão ganhar um plano de manejo espeleológico, documento que orienta o uso do patrimônio natural, para maior conservação e manejo sustentável.

Ao todo são 20 cavernas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), dez no Parque de Intervales, uma no Parque Estadual do Rio do Turvo, além da Caverna do Diabo, que agora passam a ter definições específicas sobre a visitação pública, garantindo, assim, a prática do turismo sustentável.

Os documentos também trazem alívio à população do Vale do Ribeira que temiam que a sua principal fonte de renda, o turismo, fosse ameaçada quando as cavernas foram interditadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama pela falta dos Planos de Manejo Espeleológico.

De acordo com o diretor da Fundação Florestal, José Amaral Wagner Neto, durante os estudos de elaboração dos Planos de Manejo, as equipes descobriram 10 novos sítios arqueológicos e novas espécies de fauna.

Entre as novidades descobertas, também estão a possibilidade de aumentar o número de visitantes na caverna Santana, no Petar, e de se criar novas rotas dentro da caverna Ouro Grosso, no mesmo parque. Hoje os visitantes só chegam até a primeira queda d’água na caverna, que possui outras seis.

O plano de manejo da Ouro Grosso sugere rotas que levam os turistas a conhecer outras partes da caverna. Há também a possibilidade de ser lançado um roteiro interligando o Petar, Intervales e o Rio do Turvo em uma trilha de 250 quilômetros de extensão. A Fundação Florestal pretende inaugurar, ao menos, 150 quilômetros desse trajeto até o final de 2010.

Localizado no extremo sul do Estado de São Paulo, o Vale do Ribeira abriga todas as cavernas turísticas do Estado. Ao todo são 404, entre elas as duas maiores e mais visitadas do País: a Caverna do Diabo, em Eldorado, e a Gruta de Santana, em Iporanga. Esse patrimônio espeleológico faz com que o Vale tenha a maior concentração de grutas do Brasil.

Considerada uma das regiões com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, a população tem o turismo e a cultura da banana como principais fontes de renda. Por abrigar um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do Brasil, com rica biodiversidade e cenários naturais, a região atrai turistas do mundo inteiro interessados em conhecer a natureza preservada e a variedade de espécies de fauna que habitam o lugar.

Fonte: O Globo

Foto: Adilson Moralez

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