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Dinheiro, cartão de crédito ou cartão pré-pago. Qual levar em viagens internacionais?

Uma das dúvidas que surgem na hora de planejar e organizar uma viagem internacional é sobre as formas possíveis de levar e gastar dinheiro no exterior.

As possibilidades são muitas: dinheiro local, dólares, cartões de crédito, cartões pré pagos, travellers checks… Então, reunimos algumas informações para nos ajudar nessa etapa do nosso Planejamento.

Que tipo de dinheiro levar em viagens internacionais?

Papel moeda

Dólares americanos são bem aceitos e praticamente todos os cantos do mundo, mas é mais garantido ter a moeda local para os gastos gerais e em lugares não tão turísticos.

Se você é daqueles viajantes meticulosos, que tem na ponta do lápis todos os gastos previstos e reserva para imprevistos, pode até fazer a viagem com o dinheiro todo já trocado, mas não é lá a forma mais segura. Bom mesmo é ir a uma casa de câmbio antes de sair do Brasil e trocar um pouco de Reais pela moeda do país de destino, para os primeiros gastos e, depois, com calma e conforme a demanda, procurar as casas de câmbio ou bancos para futuras trocas.

Cartão de crédito

Pode ser um grande aliado ou um grande vilão no saldo final da sua viagem. A principal desvantagem é o  fato de não conseguir prever exatamente o gasto no momento da compra, já que a conversão do valor é feita baseada no câmbio do dia de fechamento da fatura e não no dia da compra – sendo assim, raras as vezes em que se leva vantagem na hora de pagar a conta. Por isso, deve ser usado com cautela ou para emergências. Outra desvantagem é a tributação pesada do IOF sobre as compras. Também é preciso atentar ao limite de crédito, para não ficar na mão quando precisar.

Ainda assim, é indispensável levar o seu, seja para cobrir eventuais gastos emergenciais, bem como garantir retirada de carros alugados e poder fazer check in em hotéis. Outros fatores a considerar é que a rede de pagamento é gigantesca, é possível parcelar as compras, além das vantagens de quem participa de programas de milhagem e quer acumular pontos com os gastos feitos no exterior.

Travellers Checks

Mais comuns nos Estados Unidos, os cheques de viagem (traveller checks) ainda são uma das formas mais seguras de se levar dinheiro ao exterior, já que contam com garantia de reembolso no caso de roubo ou perda e a possibilidade de troca sem comissões ou taxas. Funciona como um cheque comum, que pode ser trocado por dinheiro em espécie ou usado para pagamentos em hotéis, agências e comércio no mundo todo. Cada cheque possui uma numeração que deve ser guardada em segurança. Essa numeração é a garantia de reembolso nos casos de furto ou perda. Outra vantagem é que não têm validade. Por isso, se não forem usados durante a viagem, podem ser guardados para viagens futuras. A principal desvantagem é que a cotação é a mesma usada para a compra de moeda estrangeira no Brasil, que torna a opção cara.

Cartão pré-pago

Nova e popular forma de se pagar as despesas em viagens.  Funciona assim: antes de viajar, você carrega o cartão no valor que quiser e, quando estiver viajando, pode usá-lo para pagamento direto ou para sacar dinheiro em caixas eletrônicos. No Brasil, há o Visa Travel Money (VTM) – confira a lista de bancos que emitem o cartão no site oficial da Visa.

Quem entende do assunto diz que as vantagens são muitas:

  • Pode ser carregado em Dólar Americano, Dólar Australiano, Dólar Canadense, Dólar Neozelandês, Euro, Franco suíço, Libra Esterlina, Iene, Peso Argentino, Peso Chileno, Peso Boliviano, Peso Mexicano, Shekel Israelense, Rand sul Africano e Yuan.
  • A recarga do VTM é feita com base no câmbio do dia, o que permite que você saiba exatamente quanto tem de crédito.
  • Compras e saques são realizados sempre na moeda do país de destino.
  • Cartão adicional para usar imediatamente em caso de perda ou roubo.
  • Pode ser recarregado à distância e a qualquer momento.
  • Central de Atendimento 24h em Português, gratuita.
  • Consulta de saldo e extrato online pela internet.
  • Escolha de como utilizar o saldo do cartão no retorno da viagem: devolução em reais, guardá-lo carregado no cartão para uma próxima viagem ou utilizar o cartão nos estabelecimentos afiliados a rede Visa Electron.

Como não é preciso ter conta corrente para fazer um cartão pré-pago, até mesmo crianças podem ter um. Também não é preciso pagar nenhuma taxa de adesão ou anuidade. Mas, em contrapartida, em alguns casos há a cobrança de IOF, mas com valores muito reduzidos em relação ao cartão de crédito, além de uma taxa de $ 2,5 dólares, ou € 2,5 euros para cada saque dependendo do país, porém quando usado como cartão de débito nenhuma taxa extra é cobrada.

Mas, afinal de contas: qual a melhor forma?

No final das contas são as “contas” de cada um, o tipo e a duração da viagem que vão determinar a melhor opção. No nosso caso que será uma viagem longa, sem cronograma rígido e com criança, o ideal são todas as opções:

  • dinheiro em espécie para pequenos gastos e nos garantir na chegada a algum lugar em finais de semana ou feriados, quando casas de câmbio e bancos estão fechados.
  • Cartão pré-pago para despesas maiores e eventuais saques.
  • Cartão de crédito para emergências.

E você? Que tipo de dinheiro leva em suas viagens e como prefere usar?

 

9 comentários em “Dinheiro, cartão de crédito ou cartão pré-pago. Qual levar em viagens internacionais?”

  1. Depois de bastantes viagens e de várias roubadas e outras tantas sortes ultimamente penso que achei o equilíbrio certo: faço uma estimativa do que conto gastar durante a viagem e levo em cash esse mesmo dinheiro (escondido em diversos lugares) se o país tiver moeda diferente levo já algum dinheiro cambiado de Portugal ou troco logo algum na chegada ao aeroporto. Vou usando e trocando esse cash conforme as necessidades. Levo também 2 cartões de crédito de bancos diferentes para um SOS mas que nunca chego a utilizar. Normalmente o Saldo tem saído sempre positivo e ainda volto com algum dinheiro para casa.

    Luffi, blog: http://carimbonopassaporte-luffi.blogspot.pt/

    1. Olá Luffi,
      Obrigada por compartilhar sua experiência conosco. Administrar o dinheiro em viagens nacionais nós já tiramos de letra. Agora, em viagens internacionais, essa vai ser a primeira vez em família e, sabes né, com crianças sempre há gastos extras 😉 abs

  2. As dicas são valiosas mas faltou dizer que nas viagens onde se cruza várias fronteiras o ideal mesmo é fazer saques com o seu cartão do banco, assim o viajante não corre o risco de trocar dinheiro na fronteira e ter a surpresa de pegar notas falsas ou levar um tombo na cotação, especialmente em países onde a moeda local ainda é cheia de zeros. Atualmente, em todos os países das Américas você encontra máquinas do tipo ATM para fazer saques, desde que seu banco tenha convênios com as instiuições bancárias. Fica aqui a dica. Eduardo Issa http://www.travessiadasamericas.com.br

  3. Acho os cartões VTM uma furada: muitas taxas e ainda ocorrem problemas na hora de usar (sistema é instável), sem falar que a cotação de dólar utilizada é a turismo. Se der para comprar papel meoda, a um dólar de até 3 centavos a mais que o comercial (tipo Bando do Brasil ou CAIXA), eu prefiro levar o dinheiro em espécie mesmo e tomar cuidado de não me meter em lugares sem segurança, sempre usando o cofre do hotel e esconderijos na mala pra guardar a grana. Deixo o cartão de crédito apenas para emergência mesmo, pois a cotação é alta e o IOF é absurdo. Não vejo o cartão de crédito como algo muito seguro pra uso rotineiro no exterior, pois os Seguros de perda e roubo (aqueles 3 reais cobrados mensalmente na fatura) não servem para perdas no exterior, e daqui que você consiga cancelar o cartão após a perda, ele já pode ter sido usado várias vezes – nos EUA, por exemplo, ninguém pede sua identidade para compras abaixo de 50 dólares, sem falar que lá não usam senha do chip. Se a viagem for longa e o dinheiro em espécie acabar, sugiro pedir para um familiar enviar dinheiro via Western Union, que chega em 48 horas (a forma mais barata de adquirir moeda estrangeira, pois usa cotação do dólar comercial, devendo-se apenas ficar ligado na taxa de 60 reais que eles cobram e ver se não compensa sacar logo num ATM).

  4. Uso exatamente como o texto da reportagem recomenda. Agora uma perguna: o ATM da American Express serve mais (tem mais estabelecimentos que aceitam) para os EEUU e o VISA TRAVEL mais para a Europa?

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