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MS Pantanal – A Estrada Parque Pantanal Sul, opção prática e barata para conhecer o Pantanal

A Estrada Parque do Pantanal Sul é uma opção prática e bem econômica para se conhecer a fauna e flora pantaneiras. São pouco mais de 120 km de estrada de terra, cortada por 4 rios (Abobral, Miranda, Negro e Paraguai). E o mais importante, segundo nosso filho de 5 anos, é que essa estrada é “a casa dos bichos” 😉

Ela começa no entroncamento com a BR-262 (km 646) no chamado “Buraco da Piranha” – onde também funciona um posto avançado da Polícia Florestal – e, depois de muito chão de terra, pontes e uma travessia de balsa, termina em Corumbá.

Vale a pena fazer o passeio pela Estrada Parque, iniciando tanto pelo Buraco das Piranhas como por Corumbá

Para quem vai pela Estrada Parque no sentido Buraco da Piranha – Corumbá, depois dos primeiros 49 km tem a Curva do Leque. Entroncamento que, de um lado leva para a balsa no Porto da Manga, sentido Corumbá, e de outro para a pouco conhecida Nhecolândia: uma área pantaneira muito mais selvagem.

Na curva do Leque tem uma única propriedade, que é a vendinha do seu Quequé. Lá ele tem produtos de “primeira necessidade”, um quartinho pra oferecer para algum viajante descansar e até, acreditem, Wi-Fi. Passamos duas noites lá com nosso Motorhome, entre uma passada e outra pela estrada.

Como fizemos a estrada toda duas vezes, paramos lá na Curva do Leque para passar a noite no Motorhome

A venda do Seu Quequé

E tinha até WiFi pro Marcelo trabalhar, vejam só 😉

Ah! Aliás, depois de muita gente perguntar, o Marcelo resolveu fazer um post sobre “Como Viver Viajando“…

Bom, voltando aqui pra Estrada Parque: São aproximadamente 70 quilômetros e 68 pontes de madeira só no trecho que vai do Buraco da Piranha até a comunidade do Porto da Manga, onde meia dúzia de famílias ribeirinhas vivem basicamente da pesca. É nesse ponto onde acontece a travessia de balsa sobre o rio Paraguai.

Nem precisa ter olhos tão atentos porque “na casa dos animais” eles circulam livremente por todas as áreas

A cada ponte que passávamos, uma expectativa: que espetáculo nos aguardava?

Em todas elas, a bela paisagem era espetáculo garantido.

Mas em muitas outras haviam participações especiais – veja em zoom na próxima foto

Um pouquinho mais de perto… dona Ariranha e Seu Jacaré curtindo o sol da tarde na beira do rio

A margem de baixo é do trecho Buraco das Piranhas – Porto da Manga. E lá no alto da foto, a outra margem é o trecho Porto da Manga – Corumbá. Dessa vez nosso motorhome não coube. Vamos ter que esperar até que a balsa volte. Uma meia horinha só entre manobras, desembarques e embarque. 

A orientação aqui é entrar de ré na balsa para desembarcar de frente.

Pagamos R$ 60,00 cada travessia (uma ida e uma volta)

Nesse primeiro trecho também (do Buraco da Piranha até o Porto da Manga) ficam as fazendas que oferecem passeios e “vivências pantaneiras“. Mas, vamos logo avisando, se você pretende vir pra Estrada Parque pensando em se hospedar num resort de selva ou mesmo ter um simples serviço de quarto, esqueça. Aqui o esquema é outro. As hospedagens são ótimas, mas simples e sem luxo. Em algumas fazendas, além do day use e passeios, a hospedagem oferecida são confortáveis redes num grande espaço aberto e coletivo.

E pensa que não tem gente querendo? 90% do público que visitam essas fazendas são estrangeiros que buscam  por essa vivência simples e a convivência bem próxima com os trabalhadores das fazendas e rotinas pantaneiras – exatamente o que muitos brasileiros chamam de “perrengue”. Corre como piada pelas conversas dos pantaneiros que “brasileiro reclama de tudo, até dos mosquitos” (!). Portanto, se vc pensa em vir pra essa região do pantanal para “relaxar” e ser paparicado, esqueça. Gaste seu dinheiro num spa no litoral 😉

Mas, voltemos à Estrada Parque: Do Porto da Manga até Corumbá são aproximadamente 76 km em que a paisagem vai mudando gradativamente. Onde antes eram grandes retões com clareiras e pontes sobre vazantes e áreas alagadas, vão aparecendo matas mais fechadas, curvas e montanhas (montanhas! – raras de se ver pelas estradas em que circulamos no MS). Lindo.

A paisagem vai mudando a cada km rodado

E, mais montanhas vão surgindo…

Nos meses de inverno acontece a vazante do Pantanal que é considerada a época mais propícia para visitação porque oferece um verdadeiro show de imagens, já que nesse período os peixes ficam presos nos canais de água e são um verdadeiro banquete para os predadores.

Dona Garça em vias de dar o bote num desavisado peixinho

E a turma de jacarés de papo pro ar

Nos meses de verão acontecem as chuvas, que costumam ser abundantes, mas nesse mês de janeiro/2015 choveu bem pouco, então pudemos ainda apreciar o espetáculo. E a estrada estava ótima (sem atoleiros). Cruzamos com muitos veículos de passeio (que não são 4×4) curtindo um safári, como nós.

Os melhores horários para se trafegar por ela são pela manhã ou ao entardecer, quando o sol é baixo, a temperatura é mais suportável (porque o verão é bem quente lá, viu!), e os animais estão em atividade. No final das contas nós gostamos mais das fotos que fizemos ao entardecer, quando a luz estava mais bonita.

O tuiuiú é considerado a ave-símbolo do Pantanal. Ele chega a ter 1,4 metros de comprimento 1,60 de altura, e pesar 8 kg.

Esse elegante aí é o cabeça-seca. Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e pesa em torno de 2,8 kg. Habita manguezais, pantanais e alagados próximos de florestas. Pousa no chão ou no alto de árvores com a mesma leveza e plana a grandes alturas sem muito esforço.

A nossa conhecida Capivara, que pode ser encontrada em toda a américa do sul, é uma espécie de mamífero e é o maior roedor do mundo, pesando até 91 kg e medindo até 1,2 m de comprimento e 60 cm na altura.

O Carcará é um parente distante dos falcões. Não é um predador especializado e alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos homens.

Ele… figurinha fácil de achar por lá. O Jacaré do Pantanal mede entre dois a três metros de comprimento e se alimenta peixe, moluscos e crustáceos. Alguém ai se arrisca a chegar mais perto?

Acho que vimos todos os animais que habitam a região (isso porque passamos por vários trechos em vários dias diferentes e em horários diferentes). Vimos o cervo pantaneiro, famílias de capivaras, catetos, tuiuiús, cabeças secas, garças, inúmeros passarinhos coloridos, carcarás, tatús, pequenas iguanas, lobinhos, ariranhas e jacarés… muitos jacarés.

Como a caça na região é proibida, o número de jacarés é altíssimo (aliás, a população de mosquito e jacaré é quase de 1 pra 1). Faltou conseguirmos ver a anta, a jaguatirica e, claro, a estrela do Pantanal – dona onça.

Dos animais que vimos e não temos fotos para mostrar, a culpa é toda minha. Pois enquanto o Marcelo dirigia, eu ficava responsável pelas fotos. Mas… imagina a pessoa deslumbrada vendo o jacaré fazendo um lanchinho, ou o cervo atravessando a pista apressado, ou o tatu andando engraçado e se enfiando no meio do mato: “A pessoa” fica olhando a cena, comentando com o filho e “esquece” de fotografar.

Pois é… então é melhor vc vir pessoalmente para ver com os próprios olhos e, quem sabe, ser mais rápido no “obturador” do que eu fui capaz de ser 😉

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Para circular pela Estrada Parque, procure usar sempre roupas claras (as escuras atraem mais insetos) chapéu ou boné, calças compridas, sapato fechado ou tênis, camiseta leve e de manga comprida – se não tiver ou não aguentar o calor com mangas compridas, abuse muito dos repelentes em creme (que são mais eficientes). Os mosquitos pantaneiros são muitos e abusados. Tenha também bastante água, câmeras com baterias carregadas e olhos atentos 😉

Importante: Não há nenhum posto de combustível na Estrada Parque, mas seu Quequé tem alguns galões de diesel para vender para algum viajante desprevenido. Talvez tenha até gasolina, mas não temos certeza. Melhor não arriscar 😉

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Depois da vivência intimista e super personalizada na Fazenda Abobral – proporcionada pela Pousada do Peralta, nós fomos conhecer também a Fazenda Santa Clara, estruturada para receber mais hóspedes com quartos privativos com ar condicionado, alojamentos tipo albergue, camping e área para Motorhomes.

Reservas para Fazenda Abobral (exclusividade da Pousada do Peralta)

Rua Ari Silva Machado, 500 – Bairro Formoso – Bonito – MS
(67) 3255 1901 / 9986 4711 / 9971 8207

www.PousadadoPeralta.com.br

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Pousada e Camping Santa Clara

Estrada Parque Km 22, S/n – Zona Rural, MS, 79301-970
Telefone: (67) 9939-3570

www.pantanalsantaclara.com.br

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