A Ilha do Marajó e a maior ilha fluviomarinha do mundo, banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins ela se dividide em 12 municípios, formando um cenário perfeito para quem queriser conhecer as matas, rios, campos, mangues e igarapés desse pedaço de selva amazônica.
Pra chegar até esse pequeno paraiso, tomamos a barca no porto de Belém e navegamos por certa de 3 horas até chegarmos ao porto de Camará – Salva Terra. De lá pegamos uma Vam e seguimos para Soure, para nos instalarmos no hotel O Casarão da Amazônia.
No dia seguinte, nossa primeira aventura por lá, foi logo cedo na Fazenda Araruna, onde o Gael conheceu de pertinho um búfalo. Aliás, ne Ilha do Marajó tem mais búfalo do que pessoas. Considerado o símbolo da ilha, eles ficam espalhados por todo o canto e são usados como táxi e montaria para a polícia.
A tarde, foi a vez de conhecermos a Fazenda São Jerônimo, onde andamos de charrete (puxada por um búfalo, claro) até a praia da fazenda.
A paisagem é linda. Caminhamos por ela em direção a uma trilha suspença que passa pelo mangue. Um emaranhado de raíses que proporcionam uma paiságem única.
Ao final dessa trilha, embarcamos numa canoa e seguimos subindo o rio, num ritmo tranquilo, apreciando a rica paisagem amazônica.
Filhote, nessa altura do campeonato já tava no colo, mamado e, depois, tirando um cochilo bem gostoso.
Final do passeio de barco é o início da trilha que nos leva de volta à sede da Fazenda. O passeio todo dura de 2 a 3 horas. Nosso filhote está com 1 ano e 6 meses. já come comida e ainda mama no peito, então, para passeios longos assim, o ideal é levar uma comidinha (dessas de vidrinho mesmo) do gosto do filhote e água. De resto, colo de pai e mãe e, claro, um mamazinho de vez em quando 😉
No dia seguinte foi a vez de conhecer os arredores de Soure. Lá, uma parada obrigatória é o Curtume Art´Couro Marajó. O proprietário recebe super bem quem chega por lá e logo apresenta ao visitante todo o funcionamento do curtume; o tratamento da pele, o tingimento, a secagem… tudo até o produto final, que podem ser sandalinhas, casacos, botas, bolsas, tudo com o legítimo couro de búfalo, claro.
De Soure, seguimos para Salvaterra. Ficamos na pousada Ventania, que fica na praia (de rio). Pousada bem charmosa mas que não tem água quente. Para o banho do filhote tivemos que providenciar, uma panela de água quente. Para as crianças tudo vira brincadeira, se soubermos como lidar bem com os imprevistos 😉
A noite fomos assistir a uma apresentação de um grupo folclórico da região. Carimbó, Sirie Sirá e a Dança do Boto foram o repertório. O Gael adorou, mesmo morrendo de sono, não se deixou vencer e assistiu até o fim.
No dia seguinte, um café da manhã com uma vista maravilhosa da praia e a baía de marajó.
A Ilha toda oferece uma infinidade de atividades junto a natureza. Há uma quantidade enorme de guarás – ave típica de penas vermelhas. Lá é possível também fazer a focagem de jacarés, além dos deliciosos passeios de barco pelos igarapés.
Os fãs dos esportes de aventura podem curtir de caminhadas na selva, rafting até ciclismo pelas praias.
A gastronomia também é uma atração na Ilha do Marajó, que tem a carne de búfalo como carro chefe. O prato mais apreciado é o Filé Marajoara, servido com mussarela de búfala derretida. Claro que os peixes não são esquecidos na mesa do marajoara. Experimente o caldo de turu, um molusco típico do mangue; e as suculentas peixadas.
A Ilha do Marajó também é reconhecida pela sua herança mais rica deixada pelos índios: A cerâmica marajoara. Com seus grafismos estilizados que também decoram as casas dos ilhéus, essa arte ganhou destaque até na Europa.
Ficou com vontade de conhecer tudo isso e mais um pouco? Então programe-se para essa viagem. Escolha bem a época, já que calor e chuvas são comuns no Pará e se intercalam no calendário. No primeiro semestre chove quase todos os dias, alagando campos e florestas e impedindo algumas travessias. Nessa época é difícil ver a variedade da fauna, como os guarás, por exemplo.
Dizem que a temperatura fica mais amena nessa época. Bobagem; é quente e abafado do mesmo jeito.
No resto do ano, no período de seca, os termômetros batem facilmente os 40 graus. A vantagem é que a água já baixou e fica mais fácil circular pela região.
O melhor mês para visitar a ilha é em julho, mas prepare-se para o grande número de turistas que lotam a orla da praia do Pesqueiro.
Sempre leve o protetor solar e repelente… e use ambos, principalmente nas crianças.
Quem leva
VERA NASCIMENTO TURISMO
Trav.Generalissimo Deodoro,877 – Galeria João e Maria sala 11
Bairro umarizal – Belém – Pará
fone/fax (91) 3212 8143 – Cel: (91) 8372 7754
nascimentovera@hotmail.comOnde ficar
POUSADA VENTANIA
Joanes – Ilha do Marajó
fone (91) 3646 2067 celular (91) 9992 5716 e 9911 8190
ventaniapousada@hotmail.com
www.pousadaventania.comHOTEL CASARÃO DA AMAZÔNIA
www.hotelcasarao.com
POUSADA O CANTO DO FRANCÊS
Sexta Rua,10 – Esquina com Travessa 8
São Pedro – Soure
Fone (91) 3741-1298
Site da pousada
Como chegar a Ilha do Marajó
Embarque no navio para a ilha do Marajó no porto de Belém, armazém 10 (terminal hidroviário). Há duas empresas de navegação que fazem a travessia: Banav e Arapari. Os navios saem com destino ao Camará, o porto de chegada no Marajó. A viagem dura aproximadamente 3 horas e passa por várias ilhas num percurso muito bonito.
Horas de saída do navio Belém – Marajó
– de segunda a sábado: 06.30h e 14.30h;
– aos domingos: 10.00h.
Horas de saída Marajó – Belém
– de segunda a sábado: 06.30h e 14.30h;
– aos domingos: 15.00h.
Tel. Banav: (91) 3269 4494 / (91) 3249 3998
Tel. Arapari: (91) 3242 170
De carro
Saída de Icoaraci, vila perto de Belém. A empresa que faz o serviço de balsa é a Henvil. A travessia dura entre 3 e 4 horas. Esta balsa vai também para o porto de Camará.
Horas de saída da balsa: veja em: www.henvil.com.br e clique no Icoaraci – Camará.
Belém – Marajó – Belém de avião
O vôo dura em torno de 30 minutos e a saída é do aeroporto Júlio Cesar em Belém. Ao Marajó, há pistas em Salvaterra e Soure.
Empresas de táxi aéreo que voam ao Marajó:
– Brabo taxi aéreo tel. (91) 3233 4884
– Leopoldo taxi aéreo tel. (91) 3233 1707
– Soure taxi aéreo tel. (91) 3233 4986
Como chegar a Belém – Pará
De avião: Vôos diários partindo das principais capitais brasileiras para o Aeroporto Internacional de Belém/Val de Cans.
De ônibus: A empresa Transbrasiliana (http://www.transbrasiliana.com.br) tem ônibus partindo de diversas cidades do país em direção a Belém
De carro: Vindo do Sul e do Centro-Oeste, acesso pela BR-153 (Belém-Brasília) até Santa Maria do Pará; BR-316 e PA-391. Vindo do Norte, acesso pela BR-316 e PA-391
Valeu pelas dicas! Tô indo pra lá!
Como paraense e belenense fico feliz que vocês gostaram no nosso estado, aproveitado o calor marajoara e os passeios de bufalo.
Só uma mini correção a dança folclórica se chama Sirá e não Sirie, ok?
Abraços
Oi Ana Carolina!!!
Sabe que neste final de semana mesmo eu estava revendo algumas fotos de lá? Deu saudades!!!
Tks pela dica. Já vamos corrigir.
abs 🙂
Estou indo para Belém dia 01-07-14 e pretendo ficar 2 dias em Marajó.
Essas dicas foram ótimas para programar a viagem! Obrigado e até logo!!